Em meio a preocupações crescentes com o aumento das ameaças no espaço da segurança cibernética, o governo brasileiro e o setor bancário estão discutindo a criação de uma estratégia para enfrentar o crime em ambientes digitais.
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), Isaac Sidney, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, iniciaram as negociações para a criação da Estratégia Nacional do Crime Cibernético. O tema foi discutido em reunião na sede da associação, em São Paulo, nesta sexta-feira (6).
De acordo com a FEBRABAN, as discussões em torno do novo plano de enfrentamento aos crimes cibernéticos serão informadas pelas experiências da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, liderada pelo Ministério da Justiça e em vigor desde 2003.
Com a nova estratégia, a ideia será “ampliar a identificação e repressão” dos atores responsáveis pelos crimes cibernéticos, disse a associação. Outra meta é ampliar o conhecimento técnico das forças de segurança brasileiras e “promover a cooperação permanente entre agentes públicos e privados”.
A visão traçada pela associação bancária inclui também o desenvolvimento conjunto de plataformas para a partilha de dados de fraude por meios digitais e apoio à formação de forças de segurança em questões de cibersegurança e fraude digital, e utilizando o laboratório de cibersegurança da associação. O plano também incluiria campanhas de conscientização pública sobre fraudes e riscos cibernéticos.
De acordo com a consultoria alemã Roland Berger, o Brasil ocupa atualmente o quinto lugar no ranking dos principais alvos de crimes cibernéticos do mundo. Levantamento feito pela empresa mostra que o país superou o número total de ataques de ransomware vistos em 2020 no primeiro semestre de 2021, com 9,1 milhões de ocorrências.
No setor privado, o nível de preparação para lidar com o crime cibernético foi prejudicado pela falta de investimento: equipes de segurança estão instaladas em menos de um terço das organizações brasileiras , embora a maioria das empresas frequentemente sofra ataques, revelou uma pesquisa recente. Outro estudo, publicado em fevereiro, sugere que a maioria das empresas brasileiras não aumentou seus investimentos em informações e segurança cibernética desde o surgimento da pandemia Covid-19, apesar do aumento das ameaças.
Ataques direcionados a organizações do setor público brasileiro também estão se tornando cada vez mais comuns. Em novembro passado, um grande ataque cibernético contra o Tribunal Superior Eleitoral brasileiro paralisou os sistemas do Tribunal por mais de duas semanas. Mais recentemente, o Tesouro Nacional brasileiro foi alvo de um ataque de ransomware.
O Brasil publicou sua primeira Política Nacional de Segurança da Informação em 2018. As Estratégias Nacionais de Segurança para Segurança Cibernética e Segurança da Infraestrutura Crítica foram publicadas em 2020. Em julho, o governo brasileiro criou uma rede de resposta a ataques cibernéticos com o objetivo de promover uma resposta mais rápida a ameaças e vulnerabilidades cibernéticas por meio de coordenação entre órgãos do governo federal. A Rede Federal de Gerenciamento de Incidentes Cibernéticos abrangerá o Escritório de Segurança Institucional da presidência, bem como todos os órgãos e entidades sob a administração governamental federal. Empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias podem se tornar membros da rede voluntariamente.
Fonte: https://www.zdnet.com/
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